Olívia não conseguia parar de pensar. Por mais que tentasse, por mais que fugisse ao assunto, o mesmo surgia-lhe sempre na cabeça: “Estes próximos anos vão ser os melhores da minha vida.”
O pensamento era excitante, assustador e um pouco triste. Uma espécie de sentimento agridoce. Dava boas vindas aos anos que vinham, mas tinha saudades da inocência e despreocupação da infância. Ela e os amigos tinham, por um lado, saudades de ser crianças, mas com o primeiro beijo, a primeira mentira descarada, a primeira loucura, a primeira morte... tornaram-se adolescentes. E com isso viveram uma série de experiências, sentimentos e um mundo à parte.
Decidiram, então, que era melhor tentarem não pensar nisso e desfrutar a vida ao máximo, como o Pedro dizia na sua voz rouca, estilo estrela de rock decadente: “Se a vida fosse dois dias faríamos todos directa”. E era isso que pretendiam fazer, num sentido mais global, viver a vida ao máximo.
Excerto do 1º capítulo do livro "a três mãos" escrito por alunos em parceria com escola de Ghent (KA Voskenslaan Koninklijk Atheneum) e Lepe no âmbito do projecto Comenius "From a dusty school library to a dynamic information landscape". Este capítulo foi escrito pelos alunos da ESA, integrados pela Profª Fernanda lamy
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